Alguns blogs e reportagens deram grande ênfase ao risco de
um "apagão" na Internet. Mas especialistas dizem que apenas uma
pequena fração dos computadores está sob risco, e que os provedores de acesso
estarão atentos para restaurar rapidamente o serviço em caso de problemas.
Segundo eles, a ameaça é pequena em comparação a outros
vírus mais difundidos, como o Zeus e o SpyEye, que infectam milhões de PCs e
são usados para fraudes financeiras.
Nesta semana, cerca de 245 mil computadores no mundo todo
continuavam infectados pelo "Alureon" e seus "parentes",
segundo a firma de segurança Deteque. Isso inclui 45.355 computadores nos
Estados Unidos.
Os vírus são programados para redirecionar o tráfego de
Internet para servidores DNS controlados por criminosos, segundo o FBI.
Servidores DNS são ferramentas que distribuem o tráfego da Internet.
Quando as autoridades derrubaram os servidores
"bandidos", um juiz federal de Nova York determinou que os servidores
temporários fossem mantidos enquanto as máquinas das vítimas eram consertadas.
Os servidores temporários serão desativados à 0h01 de
segunda-feira (1h01 em Brasília), o que significa que computadores que não
tenham sido consertados até lá não poderão mais acessar a Internet.
Alguns provedores dos Estados Unidos, como AT&T e Time
Warner Cable, adotaram soluções temporárias para que seus clientes possam
acessar a Internet usando o endereço dos servidores DNS dos criminosos.
Informações sobre como identificar e limpar infecções podem
ser encontradas em um site criado por um grupo de empresas de segurança e
outros especialistas: www.dcwg.org
"É muito fácil de consertar", disse
Gunter Ollmann, vice-presidente de pesquisas da firma de segurança Damballa.
"Há muitas ferramentas disponíveis."
Muitas das máquinas que continuam infectadas
provavelmente estão inativas, já que a maioria das vítimas foi notificada do
problema, disse o especialista em segurança Johannes Ullrich, que mantém o
chamado Centro de Tempestades da Internet, que monitora ameaças na web.
Os Estados Unidos abriram processo contra sete
pessoas por orquestrarem a fraude mundial na Internet. Seis delas foram presas
na Estônia, e a sétima, que vivia na Rússia, continua foragida. O governo
estoniano já extraditou dois dos homens para Nova York, onde compareceram à
corte federal de Manhattan.
(Reportagem de Jim Finkle, em Boston; e de Basil
Katz, em Nova York)Fonte: Reuters Brasil