Os primeiros indícios da
comemoração de uma festa cristã litúrgica do nascimento de Jesus em 25 de
dezembro é a partir do Cronógrafo de 354. Essa comemoração começou em Roma,
enquanto no cristianismo oriental o nascimento de Jesus já era celebrado em
conexão com a Epifania, em 6 de janeiro. A
comemoração em 25 de dezembro foi importada para o oriente mais tarde: em Antioquia
por João Crisóstomo, no final do século IV, provavelmente, em 388, e em Alexandria
somente no século seguinte. Mesmo no ocidente, a celebração da natividade de
Jesus em 6 de janeiro parece ter continuado até depois de 380.
Muitos costumes populares
associados ao Natal desenvolveram-se de forma independente da comemoração do
nascimento de Jesus, com certos elementos de origens em festivais pré-cristãos
que eram celebradas em torno do solstício de inverno pelas populações pagãs que
foram mais tarde convertidas ao cristianismo. Estes elementos, incluindo o madeiros,
do festival Yule, e a troca presentes, da Saturnalia, tornaram-se sincretizados
ao Natal ao longo dos séculos. A atmosfera prevalecente do Natal também tem
evoluído continuamente desde o início do feriado, o que foi desde um estado carnavalesca
na Idade Média, a um feriado orientado para a família e centrado nas crianças,
introduzido na Reforma do século XIX. Além disso, a celebração do Natal foi
proibida em mais de uma ocasião, dentro da cristandade protestante, devido a
preocupações de que a data é muito pagã ou anti-bíblica.
Estrela de Belém
Após o nascimento
de Jesus em Belém, ainda governava a Judeia o Rei Herodes, chegaram "do
Oriente a Jerusalém uns magos guiados por uma estrela ou um objecto controverso
que, segundo a descrição do Evangelho segundo Mateus, anunciou o nascimento de Jesus
e levou os Três Reis Magos ao local onde este se encontrava. A natureza real da
Estrela de Belém é alvo de discussão entre os biblistas. Os "magos", em gr. magoi,
que vinham do Leste de Jerusalém, não eram reis. Julga-se que terá sido Tertuliano
de Cartago, que no início do 3.º Século terá escrito que os Magos do Oriente
eram reis. O motivo parece advir de algumas referências do Antigo Testamento,
como é o caso do Salmo 68:29: "Por amor do Teu Templo em Jerusalém, os
reis te trarão presentes."
Os Magos
Em vez disso, os
"magos" eram sacerdotes astrólogos, talvez seguidores do Zoroastrismo.
Eram considerados "Sábios", e por isso, conselheiros de reis. Podiam
ter vindo de Babilónia, mas não podemos descartar a Pérsia (Irão). São Justino,
no 2.º Século, considera que os Magos vieram da Arábia. Quantos eram e os seus
nomes, não foram revelados nos Evangelhos canónicos. Os nomes de Gaspar,
Melchior e Baltazar constam dos Evangelhos Apócrifos. Deduz-se terem sido 3
magos, em vista dos 3 tipos de presentes. Tampouco se menciona em que animais
os Magos vieram montados.
Outro factor muito importante tem
a ver com a existência de uma grande comunidade de raiz judaica na antiga
Babilónia, o que sem dúvida teria permitido o conhecimento das profecias messiânicas
dos judeus, e a sua posterior associação de simbolismos aos fenómenos celestes
que ocorriam.
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