quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O dia em que a população mundial chega em 7 bilhões

A Organização das Nações Unidas (ONU) convencionou na segunda-feira 31 de outubro o dia em que a população mundial chegou à marca de sete bilhões de pessoas. O primeiro bilhão chegou apenas em 1804, o segundo em 1927.
Um dos grandes desafios impostos por esse contingente populacional, que cresceu a taxas assustadoras nos últimos 50 anos, é o rápido envelhecimento da população em alguns países, enquanto outros têm taxas de natalidade mais altas, criando um número inédito de jovens e idosos, o que tem preocupado muito as autoridades.
Segundo um relatório divulgado pela ONU na semana passada, é preciso mais planejar e investir em novas políticas públicas para lidar com a crescente população mundial e suas consequências - a necessidade por mais alimentos, água e energia e a maior produção de lixo e poluição.
"O dia dos sete mil milhões é um lembrete sóbrio sobre a situação do nosso planeta. Estamos a aumentar 10 mil pessoas por hora. A previsão mediana da ONU é de 9,3 mil milhões em 2050, mas o intervalo apresenta uma variação de 2,5 mil milhões – total da população mundial em 1950 – dependendo de como as coisas evoluírem", escreveu recentemente Roger Martin, director da ONG Population Matters, no jornal britânico "The Guardian". "Cada pessoa adicional precisa de água, alimentos e energia e produz mais lixo e poluição, aumenta o nosso impacto total no planeta e diminui a quantidade de recursos disponíveis para cada um – os ricos muito mais do que os pobres. Por definição, o impacto total e o consumo são trabalhados através da medição da média por pessoa multiplicada pelo número de pessoas. Assim todos os problemas ambientais (muitos económicos e sociais) são mais fáceis de resolver com menos pessoas e, em última análise, impossíveis com ainda mais", acrescentou.
A Ásia, onde vivem dois terços da população mundial, recebeu simbolicamente o ser humano número sete bilhões, uma pequena filipina de nome Danica cujo nascimento foi celebrado em Manila e ilustra os desafios planetários de crescimento demográfico.
John Bongaarts, presidente da ONG Population Council, acredita que as estimativas populacionais dependem de vários fatores, com resultados imprevisíveis. “A trajetória é ainda incerta e depende que algumas tendências continuem como estão”, explicou Bongaarts, se referindo à baixa taxa de fertilidade verificada na Europa, por exemplo, e a expectativa de vida continuar igual.
Mas se o número de filhos por família em países com baixas taxas de fertilidade aumentar, e a longevidade exceder os 100 anos de vida antes do fim do século, a população pode facilmente chegar a 11 bilhões de pessoas. Mas o inverso também é verdadeiro: se a expectativa de vida se mantiver e as taxas de natalidade nos países em desenvolvimento diminuírem, pode ser possível segurar a explosão populacional. “O futuro não está escrito em pedra. Cabe aos governos agir para reverter esta tendência”, diz Bongaarts.

Fonte: poodwaddle

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